sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Compartilhando

"E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;
Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se." Lucas 15: 21-24

   A passagem do filho pródigo me acompanhou desde antes da minha conversão, lembro que em uma reunião de família em uma clínica para dependentes químicos na qual eu era interna, o pai de outra interna disse que quando via a filha se destruindo fazendo uso de drogas de ímpeto ele tinha vontade de bater e criticar, porém lhe vinha a mente o retorno do filho pródigo e a forma com que aquele pai o recebeu.
  Todos na sala se sensibilizaram com o testemunho daquele pai, conhecendo a palavra de Deus, pois se tratava de um pastor da Igreja Luterana, a motivação do coração foi dar apoio e amor, mesmo não concordando com as atitudes da filha.
  Creio que esse amor é que faz toda a diferença, foi esse amor que me constrangeu, e me fez aceitar que sou fraca que não conseguia deixar das drogas sozinha, que mesmo os medicamentos e as clínicas eram impotentes perante a prisão das drogas.Mas a partir do momento que quebrantei o meu coração diante de Deus e aceitei que sem Ele eu não consigo, confessei a minha total dependência, algo aconteceu, as barreiras se quebraram, a vontade de usar a droga sumiu. "Não é por força nem por violência mas pelo amor que há em Cristo Jesus". Esse amor fez toda a diferença.
Hoje queima em meu coração transmitir, falar desse amor e buscar conhecer ainda mais o meu Salvador.
  Deus não me libertou para que isso ajudasse apenas a mim, minha libertação tem de ser instrumento de esperança para tantas pessoas que estão acorrentadas escravas das drogas.
  Creio que este é o papel da igreja, receber estas pessoas que estão no "mundo" sendo criticadas, rejeitadas e julgadas por seus comportamentos,  nosso papel é recebê-las com todo amor no qual fomos recebidos é atendermos o chamado de sermos instrumentos de libertação.
  Lembro de uma pregação a qual a pastora dizia que é tempo de avivamento, onde todos os tipos de pessoas serão atraídos a presença do Senhor. O templo receberá mulheres e homens que muitas vezes julgamos como pecadores e marginais. Ela dizia que precisamos estar preparados para receber essas pessoas, talvez uma prostituta, bêbados, drogados, pessoas que não estarão tão cheirosas como nós.....e aí? o que faremos? Nesse momento precisamos olhar pra cruz e nos lembrar que Deus mandou o seu filho amado, perfeito, sem pecados, e colocou no nosso meio, sujos, pecadores para morrer por nós, todo nosso pecado estava sobre Ele naquela cruz. Esse deve ser o nosso foco, receber as pessoas com um abraço, uma palavra de incentivo, testemunhar dos milagres de Deus. O médico é para os doentes e serão esses que se achegarão a presença de Deus, e nós como igreja precisamos estar preparados para recebê-los.
  A última notícia que tive da filha do pastor que estava internada comigo é que ela estava bem, creio que hoje ela esteja louvando a Deus com sua linda voz, por que hoje eu sei que o amor de Deus transforma.

Daiane Nunes